A
descoberta feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco, de que a
muriçoca - ou pernilongo - é capaz de transmitir o vírus zika, pode ajudar a
compreender porque a epidemia foi mais grave em algumas regiões do País, ou
porque há mais casos de microcefalia em bebês de mulheres de baixa renda.
Isso
porque o Culex, nome científico do gênero do mosquito, se reproduz em água
extremamente poluída, comum onde não há saneamento básico. Mas, para isso, os
pesquisadores afirmam que ainda é preciso estabelecer qual a importância do
inseto como vetor da doença.
Caso
a muriçoca seja estabelecido como vetor importante, esse fato pode explicar a
ocorrência de mais casos na região Nordeste, por exemplo, ou a relação de áreas
sem esgotamento sanitário com a quantidade de infecções. Ayres recorda que foi
no Nordeste que surgiram os primeiros casos de microcefalia causados pela zika.
Então, o fato da população de outras regiões já saberem sobre o perigo, e
fazerem prevenção, influencia a disparidade, mas a falta de saneamento pode ter
ligação.
Para
chegar à conclusão que a muriçoca é capaz de transmitir zika, primeiro foi
analisado em laboratório se o Culex poderia ter o vírus, ao alimentar os
espécimes com sangue infectado. Isso foi constatado em mais de 200 mosquitos.
Pela 1ª vez no mundo, pesquisadores conseguiram fotografar o vírus se
reproduzindo dentro da glândula salivar dos pernilongos.
Agência Brasil
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