Nesta
quarta-feira (26), o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), um dos
vice-líderes do governo na Câmara, afirmou que o parlamentar governista que não
votar contra a denúncia da Procuradoria-Geral da República dirigida ao
presidente Michel Temer será "saído" da base aliada. "Quem
não votar com o Brasil, indo contra a orientação do seu partido, deve sair,
deve sair. E se não sair, vai ser saído. Ou é a favor do novo Brasil, ou não
é", disse.
A
votação acontecerá daqui a uma semana (2 de agosto), quando os deputados
deverão se posicionar contra ou a favor do parecer aprovado da Comissão de
Constituição e Justiça que rejeitou a admissibilidade da denúncia contra Temer.
Para o processo ter prosseguimento no Supremo Tribunal Federal (STF), é preciso
a aprovação da Câmara. Temer é acusado de corrupção passiva, com base nas
gravações de conversar com o empresário Joesley Batista, da JBS. Para que
a denúncia seja aprovada, são necessários os votos de pelo menos 342 dos 513
deputados.
Quem
não votar a favor de Temer será "saído" da base aliada, diz Perondi
TEMER
LIBEROU R$ 2,1 BILHÕES EM JULHO PARA CONGRESSO PARA BARRAR DENÚNCIA
Um
levantamento divulgado na segunda-feira (24) pela ONG Contas Abertas mostra que
a tentativa do presidente Michel Temer de barrar a denúncia de corrupção
passiva contra ele custou caro aos cofres públicos. O governo liberou apenas em
julho metade de todo o orçamento empenhado ao longo de 2017.
A maior
liberação desses recursos em 2017 aconteceu no mês de julho: R$ 2,1 bilhões
empenhados (compromissos assumidos para pagamentos posteriores) para as
emendas. Outro picos de “generosidade” de Temer em tempos de crise do governo
aconteceu em junho: R$ 2 bilhões empenhados. Cabe ressaltar que as liberações
acontecem enquanto o governo federal tenta administrar um rombo fiscal de R$
139 bilhões.
Os
dados consideram o empenho, isto é, a reserva de recursos para emendas
individuais às despesas do Orçamento Geral da União (OGU). Os dados são do Siga
Brasil, do Senado Federal.
Do
total liberado em emendas em 2017, mais de 82% foi para deputados federais (R$
3,5 bi) e o restante para senadores. No topo do ranking de beneficiados estão
as bancadas estaduais do Maranhão, Roraima e Rio Grande do Norte.
Para
onde vão as emendas
A
maior parcela das emendas liberadas estão alocadas em iniciativas da saúde.
Cerca de R$ 2,1 bilhões foram destinados ao Ministério da Saúde. No topo da
lista ainda estão o Ministério das Cidades (R$ 995,7 milhões) e o Ministério dos
Transportes, Portos e Aviação Civil (R$ 224,4 milhões). Os estados de São
Paulo, Minas Gerais e Bahia serão os mais beneficiados.
Corte
O
montante empenhado para emendas neste ano, representa mais de 70% do corte
adicional que o governo federal irá fazer nas contas públicas. Na semana
passada, o Ministério do Planejamento anunciou que mais R$ 5,9 bilhões serão
contingenciados nas despesas do governo federal.
Cabe
lembrar ainda que o governo aumentou as alíquotas do PIS/Cofins para gasolina,
etanol e diesel. O presidente Michel Temer declarou que "a população vai
compreender" a elevação "porque este é um governo que não mente, não
dá dados falsos"
Inf. JB
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