O caos
institucional brasileiro atingiu novo patamar nesta quarta-feira 22, com a
resposta do procurador-geral Rodrigo Janot, ao ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal.
Um
dia depois de Gilmar acusar Janot de vazar documentos da Lava Jato e pedir a
anulação das delações, veio a resposta.
O
procurador-geral disse que Gilmar sofre de "disenteria verbal" e
"decrepitude moral". Ele também o acusou de "fazer política
em banquetes palacianos", numa referência aos constantes encontros entre
Gilmar e Michel Temer, que é um dos personagens mais citados nas delações e tem
nove ministros com pedidos de investigação.
Sobre
o pedido de anulação das delações da Odebrecht, Janot foi irônico. “Só
posso atribuir tal ideia a mentes ociosas e dadas a devaneios", afirmou.
Janot
foi apoiado pela força-tarefa da Lava Jato e o procurador Deltan Dallgnol disse
que não faz sentido propor a anulação da delação da Odebrecht. Os pedidos de
inquérito da lista de Janot, que atingem 83 políticos com foro privilegiado, já
estão nas mãos do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal, que deve levar cerca de dez dias para autorizar – ou não – os
inquéritos.
(brasil 247)
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