O desejo
de criar um tijolo natural e o incentivo do professor. Com estes dois
ingredientes, os estudantes Mateus e Vongesse, ambos de 16 anos, colocaram o
primeiro "tijolinho" no percurso da iniciação científica. Dessa
forma, conceberam o Tijofibra, projeto no qual utilizam a fibra de coco,
matéria-prima abundante na região onde moram, para produzir tijolos
ecossustentáveis a preços competitivos.
A ideia
lançada pelos alunos do segundo ano da Escola Estadual de Educação Profissional
Júlio França, de Bela Cruz, no Litoral Oeste, distante 300 quilômetros de
Fortaleza, obteve o segundo lugar na área de Engenharia e o terceiro em
Inovação durante a Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia),
realizada em São Paulo, no mês de abril deste ano.
O prêmio
credenciou os dois alunos e a professora/orientadora, Luana Teixeira, para a
Olimpíada Internacional de Projetos Sustentáveis, que acontece em maio do
próximo ano, nos Estados Unidos. Com a proposta, os garotos ganharam ainda
bolsas de iniciação científica pelo CNPq, no valor R$ 100,00 durante um ano.
Para
apresentar o projeto no exterior, Luis Vongesse Neto e Mateus Vasconcelos Rocha
já desenvolveram um banco a partir dos tijolos ecossustentáveis. A peça ganhou
assento de madeira e foi instalada no pátio da escola para que todos possam
compreender e valorizar o experimento, intitulado de "Tijofibra: uma
solução para os problemas de habitação - confecção de tijolos de fibra de
coco".
Os
resultados positivos não chegaram por acaso. Inicialmente, estimulados pelo
professor e coordenador da escola, Fernando Nunes, os meninos começaram a
pesquisar sobre os elementos disponíveis na natureza. Perceberam, então, que
Bela Cruz é uma região com grande produção de coco verde e, consequentemente,
de descarte da fibra. De olho nesta matéria-prima, começaram as experiências em
2015.
(DN)
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