O avião que levava a equipe da Chapecoense para o
primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana caiu na madrugada desta
terça-feira, na cidade de La Unión, departamento de Antioquia, na Colômbia. São
mais de 70 mortos. Há sobreviventes identificados: Alan Ruschel, lateral do
time; Jackson Follman, goleiro; Hélio Zampier Neto, zagueiro; Rafael Henzel,
jornalista; Ximena Suárez, comissária de bordo; e Erwin Tumiri, também da
tripulação. O goleiro Marcos Danilo Padilha, que tinha sido resgatado com vida,
morreu no hospital, segundo confirmou a Cruz Vermelha. No voo estavam 71
passageiros e nove tripulantes.
A aeronave pertencia à companhia boliviana Lamia, e
perdeu contato com a torre de controle ao sobrevoar uma região montanhosa perto
de Medellín, no noroeste da Colômbia, por volta de 22h15m de segunda-feira
(hora local). O avião teria sofrido falha elétrica, e o piloto descartou
combustível antes de tentar pouso forçado. A aeronave se chocou com uma
montanha conhecida como Cerro Gordo e se partiu em três.
Dentre os 71 passageiros, 48 eram integrantes da
delegação da Chapecoense, que levou, além da comissão técnica, vários
dirigentes. Estavam a bordo, ainda, 21 jornalistas e dois convidados do clube.
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estava na lista de passageiros, mas
acabou não embarcando, porque foi para um compromisso em São Paulo com
prefeitos eleitos.
O time da Chapecoense viajava para Medellín, onde
na quarta-feira faria o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, contra o
Atlético Nacional. Os jogadores decolaram do aeroporto de Guarulhos, em São
Paulo, em voo comercial, na segunda-feira. Eles desceram em Santa Cruz de La
Sierra, na Bolívia, onde embarcaram na aeronave da Lamia. A delegação teve que
mudar seu plano de voo por uma decisão da autoridade da aviação brasileira, que
o impediu de ir para Medellín num avião fretado desde Chapecó.
O Globo
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