O STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu nesta quinta (6)
a realização de vaquejadas no Estado do Ceará. Por 6 votos a 5, os ministros
puseram fim às competições em que peões montados a cavalo perseguem um boi até
emparelhá-lo e derrubá-lo no chão, puxando o animal pela cauda.
"No entanto, esse sentimento (de que se trata de
modalidade esportiva) não é superior ao sentimento de garantir a continuação de
uma prática que submete animais à crueldade. Uma prática de entretenimento,
desportiva, comercial. Se os animais possuem algum interesse, esse interesse é
de não sofrer"
São cerca de 4.000 provas por ano só no Nordeste, diz a
Abvaq (Associação Brasileira de Vaquejadas). Só Pernambuco e Ceará têm mais de
700 provas cada um, com prêmios de até R$ 300 mil.
POLÊMICA
Nascida no sertão nordestino, as vaquejadas são frequentemente
criticadas por entidades defensoras dos animais e deram origem a diversas ações
judiciais no país.
O acirramento das tensões entre organizadores e entidades
de proteção animal ocorre desde 2015, com ações que vetaram provas, exigiram
acordos de proteção, instituíram fundo de defesa dos bichos e forçaram
fiscalização sanitária nas provas.
Fonte: Folha
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