19 de junho de 2016

QUEM DIRIA: SUCESSÃO DE EDUARDO CUNHA PODE UNIR PSDB E PT

A disputa pela presidência da Câmara, nas mãos de Waldir Maranhão (PP-MA) desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi afastado do mandato, já situa em lados opostos a base aliada do governo interino de Michel Temer. O principal duelo de forças para escolher o novo presidente acontecerá entre a velha oposição (PSDB, DEM e PPS), que pode se aliar ao PT, contra partidos do Centrão (sobretudo PP, PR, PSD e PTB).

De olho na eleição de 2017, alas do PT e do PSDB, adversários históricos, admitem que poderão se unir a fim de eleger um candidato de consenso para um mandato-tampão, com a saída de Cunha. A ideia é dar normalidade aos trabalhos da Casa e apaziguar os ânimos.

— Em se confirmando a cassação do Cunha, temos que buscar um nome que restaure a dignidade do Parlamento — afirmou o líder da minoria, José Guimarães (PT-CE).

— Temos que ter cuidado para não termos um Eduardo Cunha 2 — afirma um tucano, sem querer se identificar.
O Globo

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