Para o jornalista Mario Sergio Conti, embora o
naufrágio soe inevitável, em suas últimas declarações, a presidente Dilma
Rousseff transmitiu a convicção de que é inocente.
“Pode ter descumprido o que prometeu. Pode ter
maus bofes. Pode ter cavado a própria cova. Mas, num mundo político esmerdeado
de alto a baixo, Dilma não tem nódoa. Não roubou, e será julgada por muitos
ladrões”, diz.
“Pedaladas fiscais? Ninguém sabe o que é isso, e
quem sabe garante que prefeitos, governadores e presidentes primam por pedalar.
Empresas venais deram dinheiro para a sua campanha? Fizeram o mesmo com todos
os candidatos. Afundou o país na recessão? Nada diz que Temer irá tirá-lo do
poço. Não há fiapo de prova de que tenha obstruído a Justiça”, acrescenta.
No entanto, ele questiona sua permanência no
governo: “crise foi tão longe que o carisma da integridade pessoal não garante,
por si só, a permanência de Dilma no poder. Continua a lhe faltar um programa.
Quer continuar no Planalto para quê?”
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