Pressionado
pelo PT a controlar a Polícia Federal, diante dos escândalos que atingem o
partido e batem à porta do Palácio do Planalto, o ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira, 2, que não orienta as
investigações nem para beneficiar aliados ou punir adversários e admitiu a
possibilidade de deixar o cargo.“Se eu achar que não contribuo mais para o
projeto e não sirvo mais à presidenta, sairei”, disse Cardozo ao Estado.
Na semana
passada, o ministro chegou a ser convidado pela Executiva de seu partido para explicar
o que os petistas entendem como “vazamentos seletivos” da Operação Lava Jato. A
estratégia foi considerada “um tiro no pé” pelo Planalto e o PT recuou.
“Eu não
tenho de prestar informações só ao PT, mas a qualquer força política que
desejar explicações em relação aos meus atos”, reagiu Cardozo. Mas, mesmo
diante de uma nota de apoio à sua atuação, divulgada no fim da tarde por
deputados federais do PT, o ministro desconversou sobre seu futuro: “Não tem
nem fico nem sai”.
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