FRANCISCO EVILÁSIO ARAÚJO CARVALHO (foto), apelidado pela vã filosofia popular de “Lalá do
Cartório”, nasceu em Massapê aos 12 de dezembro de 1944. O caçula de família
tradicionalmente constituída de intelectuais, deixou duas irmãs setuagenárias:
Dúnia e Maria de Jesus Carvalho, que exerceram, respectivamente, as profissões
de professora pedagógica e de musica (acordeão e órgão); e na flor da idade, foram
ativas voluntárias da igreja católica. Lalá do Cartório trabalhou por cinco
anos na Coletoria Estadual (Fazenda Pública) e, em seguida, ingressou no setor
cartorial, exercendo a posição de notário público – tabelião do Cartório do 1º
Ofício de Massapê, por 45 longos anos, com zelo e dedicação exclusiva, daí a
justificada alcunha. No início da década de 1960 dedicou-se à performance do próprio
corpo e formou um trio de alterofilistas, juntamente com os amigos de tenra
infância, Kleber Pereira e Antonio Pinto – O Tarzan de Massapê. Seu hobby era colecionar
obras de arte, desde a arqueológica (machadinhas rupestres feitas de pedra) à
contemporânea. Além de pesquisador, documentarista e historiador, foi escritor,
com livros não publicados, bem como, uma esplêndida obra inacabada (em dois
volumes), que trata da genealogia das tradicionais famílias massapeenses,
intitulada “A Família Massapeense – Árvores Genealógicas”. Contido, ele não
demonstrava ser o que realmente era. Deixou prole com 16 filhos bem sucedidos
nas mais diversas áreas, frutos de dois matrimônios conjugais (Lourdinha e Toinha). Sâmia, filha do segundo laço
conjugal assume com igual competência, a herança cívica paterna. Junte-se a tudo
isso, seu primeiro casamento foi constituído de família também tradicional, com
nobres intelectuais sobressaltados nas artes, na cultura, na política, no
comércio, na literatura, na justiça, na radiofonia, na medicina, na segurança,
na educação, na dramaturgia, no teatro e na TV. No exercício da nobilíssima
profissão, que abraçou com afinco e determinação, fatigado de registrar um sem
número de nomes comuns bíblicos das pessoas civis naturais, exemplos: José,
Pedro, João, Raimundo, etc., Lalá, numa extraordinária inversão da ordem
natural das coisas, não hesitou em homenagear filhos com nomes incomuns, tais
como: Salvandy, Tremal Nik, Sayonara e Brend Loma. Acometido pela vez segunda de
acidente vascular cerebral, Lalá do Cartório faleceu aos setenta anos, dia 22
de fevereiro de 2015. Nossa centenária e histórica cidade, sem sombra de
dúvidas perde um dos ícones representativos da sua identidade cultural
material, portanto, restando mais pobre. Sua última lembrança que carrego, foi
em visita informal juntamente com outro expoente da nossa cultura regional, o
amigo em comum Chico da Santa, há aproximadamente um mês, ocasião que Lalá
declamou impressionante poema lírico e trágico, do poeta massapeense Chico
Frederico (falecido no embrião da década de 1970), que tratava, por ironia do
destino, da morte. Da morte bandida, da amiga morte; da morte maldita, da bendita
morte. Fiquei de retornar brevemente para registrar em vídeo, mas infelizmente,
a morte não dá trégua. Além de pai dedicado e extremoso,
vivendo para sua atual esposa, filhos e netos, a quem legou os mais nobres
sentimentos de honradez e amor ao trabalho, a família, amigos e o povo
massapeense rendem-lhe homenagens sincera e espontânea por ocasião da
celebração de missa do 7º dia do seu passamento eterno, na igreja matriz de
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, dia 28 de fevereiro de 2015.
Ferreirinha é historiador e presidente da
Associação de Desenvolvimento Cultural de Massapê Expedito Galinha D’água –
nome fantasia Chitão dos Pobres de Massapê – fundação de fato em julho de 1948,
e de direito em 20/10/2010, sob o CNPJ n. 21.833.573/0001-85.
Olá boa noite vcs estão marcando casamento civil
ResponderExcluirQual o valor do casamento cívil
ResponderExcluirOlá boa tarde gostaria de saber se estão marcando casamento e de quanto tá
ResponderExcluir?????
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