Vivendo um
dos piores momentos de sua história, com credibilidade abalada,
fechamento de revistas (leia aqui via Massapê Indo e Voltando
sobre Info), fuga de anunciantes e de leitores, a Editora Abril agora
apela aos céus.
É o que faz Lya Luft, colunista de Veja, em sua
"Oração da nau à deriva", publicada neste fim de semana.
"Dá-me, Senhor, uma tripulação competente,
com alta perícia, que me tire destas dificuldades e me faça
retornar ao que devo ser: um barco singrando águas promissoras, com
possibilidade de sucesso", diz ela.
"Senhor, neste mar indeciso e muitas vezes
encapelado em que estou perdida, dá-me alguma certeza de que existe
uma rota firme e fixa, de que o trajeto correto é possível e de que
no fim desse nevoeiro me espera uma luz positiva, uma luz boa, não
apenas promessas e palavras vãs, mas realidades necessárias para
que eu sobreviva com minha preciosa carga humana", diz ela.
O texto deixa no ar a dúvida: Luft discorre sobre o
Brasil ou sobre a Abril? Como a edição de Veja desta semana aprova
a indicação de Joaquim Levy para a Fazenda, que, segundo a revista,
recolocaria o Brasil no rumo certo, resta a hipótese de que Veja
esteja à deriva.
Isolada em seu golpismo, a revista dos Civita talvez
tenha criado um universo paralelo, no qual apenas seus colaboradores
e mais fanáticos seguidores acreditam.
Via 247
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