Francisco das Chagas Oliveira – o “Chico da Santa”, nasceu na beira da
lagoa da Tapera Alta, aos 21 de setembro de 1930. Concluiu o curso Primário,
tendo como sua primeira educadora, a professora Dadá. Esculpiu várias obras nos
estados do Piauí, Maranhão, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro, bem como, no
Distrito Federal, que, na qualidade de Candango, orgulhosamente ajudou
construir Brasília, inclusive, sendo homenageado pelo próprio presidente
Juscelino que lhe cumprimentou com um aperto de mão em plena Praça dos Três
Poderes. Aprendeu o ofício de sapateiro com o comerciante Assis Joalheiro e
somente aos quarenta anos de idade, é que despertou o talento pelas artes
plásticas, notadamente escultura em madeira. Autodidata e precursor na arte de
esculpir em árvore viva, na década setenta Chico da Santa adquiriu notoriedade
no âmbito nacional, com suas mais diversas obras, tais como: Homenagem ao
jogador Garrincha na sua cidade natal Pau Grande - interior do Rio de Janeiro;
escultura do jogador Titico no Parque das Crianças em Fortaleza; imagem de
Nossa Senhora da Conceição em Martinópoles; em Massapê, esculpiu a imagem de
São Francisco na praça do mesmo nome; ator global filho de Massapê, Wilson
Aguiar – o Nezim do Jegue, no então Balneário Aruanda; o rei do baião, Luiz
Gonzaga no Parque das Crianças, bem como, a imagem de Nossa Senhora de Fátima
no santuário homônimo (a única ainda de pé). Reverenciado pela imprensa
televisiva e escrita, Chico da Santa concedeu entrevistas com matérias
estampadas nos principais jornais desse país: O Globo; O Dia e O Fluminense,
todos do Rio de Janeiro; e Correio Brasiliense, O Povo e o Diário do Nordeste
no Ceará. Aposentou-se em 1977 na qualidade de funcionário público federal e
desde então, dedica seus anos de vida à sua cidade natal que tanto ama,
Massapê. Francisco para uns, Chico para
outros ou simplesmente Xixico para os mais íntimos, assim era identificado, até
o dia que foi contratado para esculpir a imagem de Nossa Senhora de Fátima,
pelo então prefeito de Massapê Jacques Albuquerque. E, em maio de 1986, ao
participar de uma reunião política na casa de campo do ex-vereador Zé Leão,
Chico, ao adentrar o recinto, foi recepcionado pelo prefeito, que ao
apresentá-lo aos demais presentes disse: - Lá vem o Chico... Chico... Chico...
Chico da Santa – emendou Zé Leão. Cristão fervoroso, confessa que em 2007 o
Anjo Ariel, em aparição lhe disse que viveria o dobro dos anos já vividos, o
que significa dizer que, em se concretizando tal profecia, Chico da Santa
viverá 114 anos, cujo atestado de óbito será expedido somente em 2035. Atualmente
dividimos o mesmo teto, moramos juntos, mas dormimos em camas separadas. Esta é
uma justa homenagem que faz o seu discípulo e fiel escudeiro Ferreirinha de
Massapê, ao garotão Chico da Santa, que completa 84 anos de idade domingo, 21
de setembro de 2014.
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