A maioria dos ministros do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) decidiu que a lei da minirreforma eleitoral, aprovada pelo
Congresso Nacional e sancionada pela presidente Dilma Rousseff em dezembro do
ano passado, só terá validade a partir da disputa de 2016. A lei se propôs a
reduzir os custos de campanhas. Várias medidas foram aprovadas, como o limite
para a contratação de cabos eleitorais, de gastos com alimentação e com aluguel
de carros, além de novas regras para a forma de se pedir voto e para a prestação
de conta das campanhas.
A maioria seguiu o voto do ministro Gilmar Mendes,
que havia pedido vistas do processo. Para ele, a Constituição Federal é clara
quando prevê que alterações do processo eleitoral só valem para um pleito se
feitas com um ano de antecedência. O presidente do TSE, Dias Toffoli, seguiu o
voto de Mendes.
- Os partidos já entraram inclusive no período das
convenções. Todas as resoluções do TSE são preparadas com bastante antecedência
- disse o presidente.
A lei veda o chamado "envelopamento" dos
carros, sendo permitidos apenas adesivos no para-brisas traseiro. Bonecos e
placas não podem ter proporções superiores a 50 por 40 centímetros. Até então,
era permitido utilizar um espaço de quatro metros quadrados. Ficou proibida a
propaganda em outdoors, inclusive eletrônicos.
A lei diz ainda que a quantidade de cabos
eleitorais não pode ultrapassar 1% dos eleitores em municípios de até 30 mil
habitantes. Nas cidades maiores, é a mesma quantidade mais um cabo a cada grupo
de mil moradores excedentes. Os candidatos a presidente e a senador podem ter,
em cada estado, o número estabelecido para a cidade com o maior número de
eleitores. Para governadores, a regra permite duas vezes o número máximo de
cabos eleitorais na maior cidade do estado.
Os gastos com alimentação de pessoal numa campanha
não podem ultrapassar 10% dos gastos totais. Com aluguel de veículos, o teto é
de 20%.
Outra importante mudança implementada pela nova lei
é o impedimento de substituição de um candidato nos últimos 20 dias antes do
pleito, exceto em caso de morte. Os partidos políticos não podem incluir
candidatos de eleições proporcionais, como deputados, nos horários de
propaganda de candidatos majoritários, como governadores e presidente.
A lei libera a campanha nas redes sociais, mas
configura como crime eleitoral contratar pessoal para ofender adversários. A
participação de pré-candidatos em debates e entrevistas não se configura
campanha antecipada, conforme a minirreforma aprovada.
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