Os ossos que a igreja diz serem de
São Pedro, um dos pais fundadores da Igreja Católica, foram
mostrados pela primeira vez, neste domingo (24), na cerimônia de
encerramento do Ano da Fé, conduzida pelo papa Francisco.
Centenas de milhares de peregrinos
juntaram-se para ver os oito fragmentos de ossos com entre 2 e 3
centímetros de comprimento, exibidos em uma cama de marfim dentro de
um baú de bronze, que estava exposto em um pedestal na Praça de São
Pedro, na Cidade do Vaticano.
O baú, dado ao papa Paulo VI em
1971 e normalmente guardado na capela dos apartamentos papais, foi
decorado com uma escultura de Pedro, que foi pescador antes de se
tornar o primeiro papa da Igreja Católica. No início da cerimônia
solene, o papa Francisco rezou diante do baú e depois abençoou os
ossos com incenso.
Os ossos têm estado no centro de
uma controvérsia entre historiadores e arqueólogos: foram
descobertos em uma escavação em 1940 perto do monumento de
homenagem a São Pedro, mas acabaram por ficar em uma caixa.
Quando a arqueóloga Margherita
Guarducci descobriu uma inscrição perto da zona escavada em que se
lia “Petros eni” (Pedro está aqui, em latim), pediu que os
fragmentos encontrados fossem testados.
Guarducci descobriu que os ossos
pertenciam a um homem robusto que tinha morrido entre os 60 e os 70
anos e que tinha sido enterrado embrulhado em um pano roxo e dourado,
o suficiente para Paulo VI afirmar, em 1968, que os ossos de Pedro
tinham sido identificados “de uma forma convincente”.
Sem testes de DNA que comprovem a
conclusão, o debate sobre se os ossos pertencem mesmo a um dos
apóstolos de Jesus Cristo deverá continuar, mas o Vaticano já
disse que “não tem intenção de abrir nenhuma discussão”
(Agências Brasil)
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