26 de setembro de 2012

ENVIADO AO BLOG: AMIGO A TODA PROVA

Registrada nos anais da vã filosofia popular, uma estória de Domínio Público, que diz: “Em pleno combate, a tropa, com baixas substanciais, recua, e um soldado tenta avançar, quando é proibido pelo seu comandante. O jovem militar, insiste em ir adiante, sob o pretexto de que iria tentar salvar a vida do seu melhor amigo – um soldado baleado que ficou em alguma trincheira. Seu superior insiste em proibir a aventura do soldado, tendo em vista, que ele correria o risco de perder sua própria vida, e que o seu amigo, àquela altura, provavelmente já estaria abatido. O soldado deu meia volta e conseguiu se afastar, indo ao encontro do amigo, que para sua surpresa, ainda estava vivo, entretanto em agonia. Pôs o fiel companheiro nos ombros e retornou à sua tropa, quando foi abordado pelo seu comandante, que irritado disse:

- De que adiantou arriscar sua própria vida, soldado. O seu amigo está morto.
- Sim, ele está morto. Mas quando eu o encontrei ele disse-me: Eu sabia que você viria me salvar”.
A moral da linda e triste estória, retrata um caso real. No início de setembro de 2012, tomei conhecimento do delicado estado de saúde do amigo Zé Gerardo, que residia no Alto da Cadeia. Fiz-lhe uma visita e, ciente que ele era um Cabeça-de-Fita de carteirinha, perguntei se o Jacques Albuquerque sabia da sua situação. Ele disse-me que mandou um recado ao líder político, mas até agora nada da sua presença, pois que, naquele momento, precisava muito de uma ajuda financeira para custear alimentos, remédios caríssimos, transporte, etc. No mesmo dia, procurei Jacques Albuquerque e falei da situação do amigo, no que ele disse-me que nada sabia e pediu para que eu pessoalmente lhe transmitisse o recado, de que no máximo em uma hora, iria fazer uma visita ao velho companheiro. Quarenta minutos após, (a quantidade de minutos é mera coincidência), o comandante Jacques Albuquerque estava ao lado do seu fiel soldado Zé Gerardo, literalmente abatido, dando-lhe palavras de conforto espiritual, bem como, ajuda material no que fosse preciso. Uma semana após, Jacques Albuquerque retornou à casa do seu companheiro de todas as lutas, para uma breve visita e entrega de medicamentos, e uma semana depois, o paciente faleceu. Faleceu, com a consciência daquele soldado em apuros, que na hora em que mais precisava do amigo, ele apareceu para tentar salvar sua vida.       

A família de José Gerardo Félix, de saudosa memória, (*15.03.1961 +20.09.2012 20/09/2012), consternada, convida parentes e amigos para assistir a missa de 7º dia em sufrágio da sua alma, que será celebrada dia 26 de setembro (quarta-feira), às 09h na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Enviado por Ferreirinha. 

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