João Pontes Mota foi condenado a pagar a indenização aos pais das crianças mortas, mas desobedeceu a decisão do TJ FOTO: ARQUIVO |
Responsabilizado pela morte de duas crianças, o político se nega a pagar a indenização e teve pedida sua prisão no Tribunal
Onze
anos depois de um trágico acidente que causou a morte de duas crianças,
a família das vítimas ainda luta por justiça. O fato ocorreu na tarde
do dia 1º de dezembro de 1999, no Conjunto São Pedro, localizado no
Morro de Santa Terezinha, no Grande Mucuripe, quando um trator atropelou
e matou os irmãos Nayara e Pedro Iago Cordeiro de Freitas, de sete e
nove anos de idade, respectivamente. Daquela data até hoje, os
familiares lutam na Justiça para que o acusado do crime seja devidamente
punido.
Já transitou em julgado, isto é, não há mais
possibilidade de recurso judicial, o processo que tramitou na área
Cível, condenando o atual prefeito de Massapê (a 272Km de Fortaleza),
João Pontes Mota, ao pagamento de indenização à família das crianças
mortas no acidente. O político é o dono da empresa ´Exponencial
Engenharia´´ para o qual o trator estava a serviço. Mota também era o
engenheiro responsável pela obra, um serviço de terraplenagem para a
construção de obras públicas.
Dois processos foram abertos na
Justiça para a apuração do caso. Na área Cível, o prefeito e engenheiro
foi condenado a pagar uma indenização à família das vítimas. Hoje, o
valor da reparação já ultrapassa R$ 600 mil. Mesmo o processo já tendo
sido encerrado e transitado em julgado, o prefeito, segundo a família
das crianças, se recusa a cumprir a ordem da Justiça. O processo apurou
que o motorista, inabilitado para dirigir trator de esteira, aplanava o
terreno para a construção de um conjunto habitacional.
As vítimas
foram atropeladas pelo trator quando voltavam da escola. Sem prestar
socorro às crianças, o motorista fugiu do local. O Tribunal de Justiça,
através de decisão do desembargador Abelardo Benevides Moraes, condenou o
dono da empresa ao pagamento da indenização e este se recusa a cumprir a
ordem. Por conta disso, foi protocolado junto ao TJ, através dos
advogados dos pais, um pedido de prisão contra o prefeito, por
desobediência.
Processo
Na esfera
criminal, João Mota está sendo processado e já foi denunciado pelo crime
de homicídio culposo. O Ministério Público requereu a condenação do réu
por prática criminosa prevista nos artigos 302 da Lei 9.503/97; e 29 e
70 do Código Penal. A relatora da ação penal é a desembargadora
Francisca Adelineide Viana. Mota não foi localizado pela Reportagem.
Informações do Jornal Diário do Nordeste, página policial
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