Estou fazendo um curso, via IEDUCARE, muito importante para o meu currículo. Estamos vendo a disciplina intitulada "METODOLOGIA DA COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO". E como se sabe, Garimpar informações exige boas
habilidades de comunicação, especialmente a de ouvir com atenção e sem
preconceitos.
Assim sendo, por achar muito interessante, publico em nosso
blog o texto SABER OUVIR: O SUPORTE PARA O DIÁLOGO, de Elisabeth Salgado, que
também servirá de instrumento para aqueles políticos que não sabem dialogar, querem
apenas ditar. VAMOS LÊ-LO?
Fala-se
tanto em diálogo, em problemas de comunicação, como se dialogar fosse apenas
falar o que se pensa para o outro, fosse apenas conseguir expor suas razões ou
externalizar opiniões numa fala entre pessoas.
Dialogar, às vezes, mais parece um duelo de opiniões expostas
mutuamemte, num desejo de poder pelo predomínio da razão e da posse da verdade
absoluta, individual e única.
Entretanto,
para que haja um contato autêntico e produtivo dentro de uma relação, falar o
que se pensa e acha não é suficiente.
O
silêncio inerente ao ouvir é sábio, nestes momentos. Só o silêncio
me permite sentir o outro e entender um pouco do que ele pensa e percebe.
Se em
qualquer relação, ouvir o outro é importante, numa relação onde a missão de
educar e repassar valores são componentes fundamentais, o ouvir é condição
básica para que um canal se faça e permita a construção de uma ponte eficaz
para essa transmissão.
Ouvir
não deve ser confundido com passividade, nem visto como um recurso estratégico
para poder realizar argumentações de caráter defensivo que só visam uma posse
de poder no contato que está sendo desenvolvido.
Ouvir,
em função de um diálogo real, é resultado de uma opção consciente por parte de
quem deseja compreender o que se passa com o outro, de modo solidário e sem
preconceitos, visando uma resolução madura de conflitos ou um entendimento mais
autêntico da situação.
Ouvir
para dialogar é uma tarefa difícil, pois envolve humildade em reconhecer as
próprias falhas, em admitir a racionalidade de fundamentos que não são nossos,
em estar aberto a aprender quando queríamos ensinar.
Ouvir
nosso aluno é antes de tudo estar aberto à possibilidade de lidar com fatos
novos, a aprender que não existe uma única verdade e que estamos envolvidos num
processo relacional do qual temos, pelo menos, parcial responsabilidade.
Ouvir,
para que haja um diálogo, é antes de tudo despir a armadura da acusação e
procurar compreender o que se esconde por detrás do óbvio.
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