9 de abril de 2011

JORNAL O POVO DE HOJE: ENTRE AS CIDADES COM DENGUE, MASSAPÊ SE MANTÉM EM SITUAÇÃO CRÍTICA.


Foto: blog Massapê Indo e Voltando
O prognóstico é nada animador. Com 22 mortes por dengue confirmadas este ano, o Ceará tem grandes chances de chegar ao fim de maio com o dobro de óbitos registrados até agora. Quem admite é a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), responsável por monitorar a endemia.

No primeiro boletim divulgado pela Sesa após a constatação de epidemia em 27 municípios cearenses, incluindo Fortaleza, 1.744 novos casos foram confirmados em uma semana. Agora, são 10.052. Destes, 2.920 na Capital.
Tipos 1 e 3
Por ora, nenhum óbito teve como causa o tipo 4 da doença, novo no Ceará. Apesar do tipo 2 ter contaminado algumas pessoas, são os tipos 1 e 3 que preocupam. Principalmente o primeiro, pelo retorno 16 anos depois de “desaparecer” do Estado. As crianças de até dez anos são as mais vulneráveis a ele.

Como inúmeros casos não são comunicados à Sesa, a situação pode ser bem pior. “Muita gente tem dengue e não vai ao posto. E o setor privado só notifica quando o paciente é internado. Não cita dados laboratoriais. Como 20% da população tem plano de saúde, isto ajuda na subnotificação”, diz Fonsêca.
Epidemia em 2012
Junte a isto a “superendemicidade” (você contrair um novo tipo do vírus logo após curar-se de outro). Esta possibilidade faz a Sesa já projetar uma epidemia para o próximo ano. Assim, 2012 seria marcado por uma avalanche de casos do tipo 4.

Por ser novo, ele deixa qualquer cearense vulnerável. Inclusive os que já tiveram as demais modalidades da doença. “Se a gente não conseguir reduzir drasticamente os índices de infestação, poderemos ter uma grande epidemia em 2012”, alerta o coordenador.

A dica é eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti em casa e ficar atento a febres agudas e aos sinais de alarme da doença. Se isto acontecer, procure o hospital.

SAIBA MAIS
Mortes já foram registradas em Fortaleza (4), Caucaia (4), Itapipoca (2), São Gonçalo do Amarante (2), Icó (1), Chorozinho (1), Ocara (1), Itaitinga (1), Acarape (1), Quixadá (1), Maracanaú (1), Granja (1), Tejuçuoca (1) e Morada Nova (1).

Por conta da pequena população, as situações mais críticas são em Itapipoca, Pacatuba, Guaiúba, Massapê, Santa Quitéria e Icó.

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