Chega a dez o número de mortes por dengue no Ceará em 2011. Ontem, o coordenador de proteção e promoção à saúde da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Manoel Fonsêca, disse ao O POVO que mais um óbito foi confirmado. O caso, porém, só será publicado no boletim semanal do órgão de amanhã.
A nova vítima é um homem de 82 anos. Residente em São Gonçalo do Amarante, distante 59 quilômetros de Fortaleza, ele tinha o tipo hemorrágico da doença. A identidade do aposentado não é revelada pela Sesa, seguindo diretriz do Ministério da Saúde.
Ele se diz preocupado com os índices de 2011, principalmente pelo fato de o período de fortes chuvas não ter começado. Reforça ainda o cuidado com crianças, mais vulneráveis ao tipo 1 e de diagnóstico mais difícil.
Fora de controle
De acordo com Manoel Fonsêca, há municípios em situação fora de controle. Isto significa que o índice de infestação (presença da larva do mosquito Aedes aegypti) superou 1% - o máximo aceito pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
É o caso de Itapipoca, Massapê, Tauá, Santa Quitéria, Caucaia, Pacatuba e Guaiuba. Nestas cidades, já se fala em surto epidêmico. “Março, abril e maio são decisivos, porque todas as epidemias do Ceará aconteceram nestes meses, por conta das fortes chuvas”, destaca.
Para evitar que isto ocorra, é necessário as prefeituras realizarem os seis ciclos anuais de combate à proliferação do mosquito requeridos pela OMS.
Prefeituras precisam fazer sua parte e disponibilizar agentes de endemias para combater o Aedes aegypti. Contudo, a população também deve colaborar. Em dez minutos, você esvazia os reservatórios de água de casa e acaba com as chances do mosquito se reproduzir. Basta boa vontade.
Fonte: Jornal o Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário