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Chico da Santa: O Criador e a Criatura |
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Ferreirinha: ouvindo dona Maria Barroso |
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Partículas do Rosário danificadas |
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Estrutura da madeira corroída e danificada |
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Chegada do Santuário |
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Ferreirinha apontando a imagem atrofiada pela planta |
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Local que abriga imagens sacras, algumas roubadas por vândalos |
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Imagem de Nossa Senhora sendo tomada pela árvore timbaúba |
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Dona Raimunda Barroso devota de Nossa Senhora |
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Pedestal danificado |
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Chico da Santa e Ferreirinha ao lado da imagem |
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Parte lateral do Santuário quase tomada pelo mato |
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Chico da Santa desolado ouvindo os reclames de moradores próximo à imagem da Santa |
Após dois anos ausente retorna definitivamente à sua terra natal - Massapê, o escultor Chico da Santa, (80 anos).
Precursor na arte de esculpir em árvore viva, o artista plástico se emocionou ao ver o estado deplorável que se encontra a escultura de sua autoria simbolizando a imagem de Nossa Senhora de Fátima, localizada no santuário homônimo, na margem direita do rio Contendas (rodovia CE 362).
“É muito triste vê a minha santinha se deteriorando aos poucos, e ninguém faz nada” – disse bastante comovido, o criador diante da criatura. “Meu filho, na época do padre Zenóbio todo dia 13 de cada mês ele celebrava uma missa aqui” – desabafou.
Completamente desolada, a senhora Raimunda Barroso, moradora vizinha ao santuário e devota fervorosa de Nossa Senhora de Fátima, emendou dizendo que é comum o furto de pequenas imagens e adereços religiosos expostos no altar, tendo em vista a ausência de um guarda municipal após 0h.
Acompanhado do seu fiel escudeiro e discípulo, o artista plástico Ferreirinha, Chico da Santa fez uma breve vistoria no conjunto sacro, constatando algumas deteriorações na escultura, concluindo haver a necessidade urgente de uma completa restauração consistente de podamento de galhos da árvore (timbaúba) que agrega a imagem: retirada de uma camada de casca com aproximadamente 20 centímetros de profundidade; enxertamento de pó de serra com cola em pontos isolados da escultura; vedação de infiltrações; lixamento; pintura; base de impermeabilização e aplicação de uma demão com verniz marítimo na escultura.
Em alusão ao adágio popular de que “santo de casa não obra milagre”, com a palavra as autoridades competentes, antes que algo de pior aconteça de forma irreversível com aquele espaço público e santificado, que tanto tem proporcionado aos fiéis católicos massapeenses e de outras plagas, momentos de bênção, agradecimento, meditação e reflexão.
Em tempo:. Agradeço ao amigo Ferreirinha pela colaboração.
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