17 de fevereiro de 2011

MASSAPÊ: IMAGEM DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA DETERIORADA

Chico da Santa: O Criador e a Criatura
Ferreirinha: ouvindo dona Maria Barroso
Partículas do Rosário danificadas
Estrutura da madeira corroída e danificada
Chegada do Santuário
Ferreirinha apontando a imagem atrofiada pela planta
Local que abriga imagens sacras, algumas roubadas por vândalos 
Imagem de Nossa Senhora sendo tomada pela árvore timbaúba
Dona Raimunda Barroso devota de Nossa Senhora
Pedestal danificado
Chico da Santa e Ferreirinha ao lado da imagem
Parte lateral do Santuário quase tomada pelo mato
Chico da Santa desolado ouvindo os reclames de moradores próximo à imagem da Santa
Após dois anos ausente retorna definitivamente à sua terra natal - Massapê, o escultor Chico da Santa, (80 anos).

Precursor na arte de esculpir em árvore viva, o artista plástico se emocionou ao ver o estado deplorável que se encontra a escultura de sua autoria simbolizando a imagem de Nossa Senhora de Fátima, localizada no santuário homônimo, na margem direita do rio Contendas (rodovia CE 362).

“É muito triste vê a minha santinha se deteriorando aos poucos, e ninguém faz nada” – disse bastante comovido, o criador diante da criatura. “Meu filho, na época do padre Zenóbio todo dia 13 de cada mês ele celebrava uma missa aqui” – desabafou.

Completamente desolada, a senhora Raimunda Barroso, moradora vizinha ao santuário e devota fervorosa de Nossa Senhora de Fátima, emendou dizendo que é comum o furto de pequenas imagens e adereços religiosos expostos no altar, tendo em vista a ausência de um guarda municipal após 0h.

Acompanhado do seu fiel escudeiro e discípulo, o artista plástico Ferreirinha, Chico da Santa fez uma breve vistoria no conjunto sacro, constatando algumas deteriorações na escultura, concluindo haver a necessidade urgente de uma completa restauração consistente de podamento de galhos da árvore (timbaúba) que agrega a imagem: retirada de uma camada de casca com aproximadamente 20 centímetros de profundidade; enxertamento de pó de serra com cola em pontos isolados da escultura; vedação de infiltrações; lixamento; pintura; base de impermeabilização e aplicação de uma demão com verniz marítimo na escultura.

Em alusão ao adágio popular de que “santo de casa não obra milagre”, com a palavra as autoridades competentes, antes que algo de pior aconteça de forma irreversível com aquele espaço público e santificado, que tanto tem proporcionado aos fiéis católicos massapeenses e de outras plagas, momentos de bênção, agradecimento, meditação e reflexão.
Em tempo:. Agradeço ao amigo Ferreirinha pela colaboração. 

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