16 de junho de 2009

EXCLUSIVO: 150 PARLAMENTARES TÊM PROCESSO NO STF

Deputados e senadores respondem a 318 inquéritos ou ações penais. Em 100 casos, o Supremo encontrou elementos para transformar 52 parlamentares em réus. Denúncias incluem malversação de dinheiro público, corrupção e, até, estupro
Processos contra parlamentares vão de desvio de dinheiro público e corrupção a estupro
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu 38 processos contra deputados e senadores nos últimos 12 meses. Desde junho do ano passado, o número de inquéritos e ações penais envolvendo parlamentares saltou de 281 para 318, um aumento de 11%. Atualmente 150 congressistas têm pendência na mais alta corte do país, quase um quarto do Congresso Nacional. No ano passado, eram 143. Hoje, 52 são réus em 100 ações penais.
Nesses casos, o Supremo aceitou as denúncias feitas pelo Ministério Público Federal ou terceiros por entender que há elementos da participação de deputados e senadores em práticas criminosas. As ações penais são desdobramentos dos inquéritos e preocupam mais os parlamentares, pois são elas que podem levar os réus à condenação.
Na lista dos atuais processados estão 129 deputados e 21 senadores. As acusações atingem indistintamente partidos da base aliada e da oposição. O leque das denúncias também é variado: malversação de dinheiro público, crimes eleitorais e contra a ordem tributária, corrupção, formação de quadrilha e, até, estupro.
Fonte: Os dados são resultado de levantamento do Congresso em Foco.
MEU PONTO DE VISTA: Quanta vergonha dos políticos brasileiros! A corrupção que hoje assola o Brasil e a grande maioria dos países no planeta, está destruindo o valor público e comprometendo o futuro de nossos filhos.
Vivemos em um país de muitas leis, porém a impunidade prolifera em varios segmentos da sociedade. O Poder Judiciário, que deveria ser mais enérgico para casos como esses, as sentenças não têm sido instrumento eficaz de combate à corrupção. O sistema judiciário brasileiro, moroso por natureza, oferece aos réus um vasto leque de recursos, que acabam protelando os julgamentos e evitando, muitas vezes, a punição dos culpados. Os advogados não precisam despender muito esforço em provar a inocência do cliente acusado de corrupção e pela morosidade da justiça, os crimes prescrevem.
Bem, a última esperança é o eleitor que tem o poder de, ao menos, impedir que os acusados ou suspeitos de corrupção sejam eleitos para cargos públicos.
As eleições, contudo, também decepcionam como instrumento de punição aos corruptos e isso já sentimos na pele aqui nesta cidade.
Mas, enfim, acreditamos plenamente que a força da mudança reside na união do sentimento que existe dentro do coração de cada um de nós para transformar tal realidade.

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