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15 de fevereiro de 2018

MULHER É ENTERRADA VIVA E FAMILIARES VIOLAM TÚMULO PARA TENTAR SALVÁ-LA

15/02 - O caso de uma mulher de 37 anos que teria sido enterrada viva chocou a cidade de Riachão das Neves, na Bahia. Segundo familiares de Rosângela Almeida dos Santos, ela foi sepultada com vida após um erro médico.

O de Rosângela foi encontrado revirado no túmulo, com ferimentos nas mãos e testa, como se tivesse tentado sair do caixão após o sepultamento.

“Até aqueles preguinhos que estavam em cima estavam soltos. A mãozinha tava ferida, como quem estava arrumando assim… arrumando o caixão para sair”, disse Germana de Almeida, mãe de Rosângela.

O túmulo foi violado pela família após moradores de casas vizinhas ao cemitério municipal onde a mulher foi enterrada ouvirem gritos vindos do local. A família diz que o corpo da mulher ainda estava quente.

“Quando eu cheguei bem ali em frente, eu ouvi batendo ali dentro. Aí eu pensava que era brincadeira dos meninos, que os meninos só vivem aqui dentro [do cemitério] brincando… Aí gemeu duas vezes, com as duas gemidas ela parou”, falou Natalina Silva, que mora ao lado do cemitério.

Enterrada viva
A situação ocorreu na última sexta-feira (9), mas a mulher havia sido enterrada no dia 29 de janeiro. Rosângela estava internada no Hospital do Oeste, em Barreiras, e teve a morte atestada no dia 28.

A certidão de óbito aponta um quadro de choque séptico como causa do falecimento. A situação está sob investigação da Polícia Civil de Riachão das Neves.

Em nota, a assessoria do Hospital do Oeste informou que está à disposição dos familiares da vítima e autoridades para prestar todas as informações necessárias.

É possível ser enterrado vivo?
No Brasil e no mundo, vez ou outra aparece a notícia de que alguém foi enterrado vivo. Em 2014, repercutiu a história de uma grega que foi declarada morta pelos médicos que a tratavam de um câncer e colocada debaixo da terra.

Após a cerimônia do enterro, um grupo de crianças que brincavam no cemitério ouviram seus gritos e chamaram ajuda. Ela morreu sufocada antes de ser resgatada.

O maior problema de ser enterrado vivo é o oxigênio dentro do caixão, que deve durar apenas de uma a duas horas. Por isso, é importante tentar manter a calma, para não acelerar a respiração e gastar essa importante molécula.

Tafofobia
O pavor de ser enterrado vivo tem nome: tafofobia. Vem de taphosphobia, taphos dignifica “ caixão” em grego e phobia é fobia. George Washington, o primeiro presidente dos Estados Unidos, teria tanto pânico dessa situação, que deixou instruções para ser enterrado apenas dois dias depois de declarado morto.

O compositor Chopin também sofria desse mal e pediu para retirarem seu coração quando morresse. Ele teria sussurrado, em seu leito de morte na França, para que seu coração voltasse à sua terra natal, na Polônia. O órgão viajou dentro de um jarro com conhaque (isso em 1849) e até hoje é um totem venerado no país.

No início do século 19, esse medo não era completamente irracional, já que sem o avanço da medicina, diversos casos foram relatados e lendas urbanas eram criadas em cima disso.
Catalepsia

A rara doença Catalepsia patológica é tida como ter sintomas que podem ser confundidos com um defunto, pois há baixa drástica de sinais vitais e a pessoa aparenta morta. Mas com as técnicas atuais da medicina, seria muito difícil cometer esse erro.

Edgar Allan Poe explora esse tema no conto “O Enterro Prematuro”, narrado em primeira pessoa por um homem que sofre de catalepsia e teme ser enterrado vivo. Sendo Poe, imaginem o que acontece com o homem.

“Em A Queda da Casa do Uscher”, a irmã do protagonista tem crises de catalepsia e acaba sendo enterrada viva pelo próprio irmão. Já no conto “ O Barril de Amontillado”, Poe explora uma espécie de “enterrada” como uma forma de vingança contra uma ofensa.

O que fazer?
Se você tiver a infelicidade de estar numa situação dessas, há algumas dicas úteis: tente manter a calma para não consumir o oxigênio rápido demais. Medite, ore, entoe mantras, tudo isso. Tente quebrar a tampa do caixão com um anel, como aliança, ou fivela do cinto e use os pés – chutando a tampa.

Use sua camiseta para proteger seu nariz e a boca da terra que cairá com tudo e poderá te sufocar. Quando a tampa se romper, não pare de se mexer – sente-se no caixão e use os pés para impulso contra a terra.

Se você tiver sorte, poderá ser “salvo pelo gongo”. A expressão deriva daí. Amarrava-se uma espécie de barbante no braço do defunto, interligado a um sino na superfície. Se os coveiros escutassem um badalo, salvariam o “morto”. O celular parece ser uma versão contemporânea disso.

Informações de G1 e Folhapress

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