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7 de março de 2015

“NA DEFENSIVA, PSDB JÁ ADMITE PACTO COM DILMA”

Depois que o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) foi incluído na Lava Jato e o presidente nacional do partido, Aécio Neves (PSDB-MG), passou a ter uma espada sobre a cabeça, com a ameaça de um processo sobre Furnas que pode ser aberto desde que surjam novas provas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso manda um recado: aceita dialogar com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula; 'eu falo com todo mundo', disse ele; aliados foram além; "Ele não quer que o circo pegue fogo, porque todo mundo se queima", disse o vereador Andrea Matarazzo; tucanos, no entanto, só querem conversa depois de 15 de março, após medir o impacto das manifestações; até lá, colocam diversos vídeos (assista) na propaganda política, chamando Dilma de 'mentirosa'; esse diálogo vai prosperar?

O discurso neoudenista do PSDB foi atingido em cheio pela Operação Lava Jato. De um lado, o ex-governador e senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) foi incluído na 'lista de Janot', acusado de receber R$ 1 milhão do esquema do doleiro Alberto Youssef (leia aqui). De outro, o senador Aécio Neves foi citado na delação de Youssef, como beneficiário de propinas mensais pagas pela Bauruense, uma empresa subcontratada por Furnas no governo FHC – embora o caso tenha sido arquivado, ainda pode ser reaberto (leia aqui).

Nesse novo cenário, o PSDB perde condições de manter a estratégia de desestabilização do governo Dilma e promover um eventual impeachment. E hoje, na Folha de S. Paulo, surge o primeiro sinal de que o partido, por meio de sua principal liderança, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, estaria até disposto a um diálogo (leia aqui).

Na reportagem de Catia Seabra, que mantém boas fontes no tucanato, FHC informou que 'conversa com todo mundo'. Outros aliados foram mais explícitos. "Ele não quer que o circo pegue fogo, porque todo mundo se queima", disse o vereador Andrea Matarazzo, que já foi arrecadador de campanha e ministro de FHC. "Fernando Henrique acha que em algum momento vai ter que pactuar. Mas diz que Lula insiste no 'nós contra eles'. E não percebe que o problema é de todo mundo", afirmou o deputado Raul Jungmann (PPS-PE).

Os tucanos, no entanto, querem antes esperar o 15 de março, data em que estão previstas manifestações contra a presidente Dilma, para avaliar se retomam o discurso moralista ou se tentam alguma aproximação efetiva com o PT. Até lá, o PSDB colocará vários filmes no ar, chamando a presidente Dilma Rousseff de 'mentirosa'.
Brasil 247
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