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26 de agosto de 2014

A ESCOLHA DE AÉCIO: REAGIR AGORA OU ABRIR PASSAGEM

O presidenciável Aécio Neves está diante do maior desafio político de sua campanha – e, pelo tamanho do prêmio, de sua vida pública. A percorrer o caminho suave apontado por conselheiros como o presidente Fernando Henrique, que não quer ver a candidata Marina Silva, do PSB, "melindrada", ou ouvir vozes influentes na formulação econômica tucana, como o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, que vê "muitos pontos em comum" na plataforma dos dois candidatos, Aécio pode estar frito. As fórmulas que preservam de crítica a nova concorrente servem, sem dúvida, a um certo projeto de tornar o PSDB uma legenda que, conscientemente, abriria passagem aos 'marineiros', agora, e daria apoio à eventual gestão, mais tarde, da adversária no Palácio do Planalto.

Nesta última segunda-feira 25, ao mesmo tempo, em entrevistas para dois dos principais jornais do País, dois dos mais destacados envolvidos na campanha de Marina manifestaram agrado por essa estratégia que, a eles, soa como música. Tanto o presidente do PSB, o experiente Roberto Amaral, na Folha de S. Paulo, como o professor Eduardo Gianetti, credenciado como o maior formulador da plataforma econômica da candidata, no Valor Econômico, falaram em "governar com as franjas do PT e do PSDB", num recado que, a esta altura, só serve para os quadros qualificados desta última agremiação.

Ao contrário de chefes tucanos como FHC, não houve no PT quem manifestasse alguma simpatia pela candidatura de Marina. Ao contrário, a entrada na disputa correspondeu a respostas diretas e indiretas da própria candidata Dilma Rousseff na oposição ao nome do PSB. Citando Marina, a presidente disse que a ela falta "experiência administrativa".

Na tarde de ontem 25, no Palácio do Planalto, respondendo a jornalistas, Dilma afirmou, de maneira enviesada, que um candidato que não se preocupa com a gestão não serve para ser presidente do Brasil, mas apenas "para Rainha da Inglaterra". Em outras palavras, para conter o esperado crescimento de Marina, Dilma começou a 'bater' nela. Em seguida, cobrou da candidata do PSB explicações formais sobre a situação do jatinho em que Eduardo Campos morreu - e o qual a própria Marina fez uma série de viagens de campanha.
Brasil 247
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